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Alpine A610 – Exclusividade francesa

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A empresa francesa já não produz automóveis nos dias de hoje o que é uma pena, uma vez que “deu” ao mundo vários automóveis desportivos com grande carácter como o A110 por exemplo que não só conquistou muitos fãs das 4 rodas como outros tantos no que toca à competição automóvel, em especial no mundo dos ralis.

Mas os seus automóveis de estrada também tinham particularidades interessantes (e únicas) assim como qualidades e diferenças que os tornavam apetecíveis.

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Um desses modelos é o Alpine A610, um desportivo com motor colocado em posição traseira, configuração do interior estilo coupé 2+2, tração traseira e faróis escamoteáveis.

Lançado em 1991, quando a Alpine já se encontrava numa situação financeira desvantajosa, o A610 era muito parecido com o seu antecessor o GTA, ou seja não se diferenciava drasticamente do design do passado, ainda que tivesse os “tais” faróis que o GTA nunca teve.

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Mas se nesta área especifica o A610 pouco divergia do passado, no resto, os automóveis em questão eram bastante diferentes, e apenas os vidros eram iguais aos usados no GTA.

O ADN era basicamente o mesmo de todos os modelos da Alpine, motor atrás e um chassis em ferro, algo comum a modelos produzidos no passado por este fabricante (A110, A310…).

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Quando olhamos para o seu nome é possível constatar que tinha deixado de se chamar Renault Alpine, porém a ligação com essa marca francesa manteve-se, antes como Alpine-Renault e depois como Renault-Alpine, sem que a marca tenha perdido a sua identidade neste processo.

O motor turbo V6 PRV (standard) manteve-se em relação ao GTA, mas foi modificado para ter mais capacidade, passando de 2,8 para 3,0 litros. Isto permita ao A610 uma potência máxima superior, qualquer coisa como 250 cavalos e 350 Nm de binário.

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Com esta unidade motriz o A610 cumpria o tradicional arranque de 0 a 100 km/h em 5,9 segundos e alcançava uma velocidade máxima de 265 km/h. Valores muito interessantes para época tendo em conta a potência máxima declarada e o seu peso na ordem dos 1400 kg.

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Contudo esta não era a versão mais potente do modelo aqui em questão, uma vez que os especialistas da Alpine produziam outra versão, ainda mais potente que a anterior.

Tendo por base a mesma unidade motriz mas desta feita com ligeiras alterações para produzir mais 30 cavalos e 62 Nm (280 cv e 410 Nm) este modelo conseguia prestações ainda (mais) impressionantes.

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A aceleração de 0 a 100 km/h declarada para este modelo é de 5,5 segundos e a velocidade máxima é de 290 km/h. Números que ainda hoje metem respeito a muitos automóveis desportivos e que provam não só as óptimas capacidades aerodinâmicas (coeficiente aerodinâmico de “apenas” 0.30 cx) do A610 como o potencial e carácter da unidade motriz adoptada.

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Existiram duas versões especiais e limitadas do A610, uma delas ficou conhecida como Albertville 92 e foi apresentada em 1991. Teve como objectivo estar presente nos jogos Olímpicos de 1992 que foram realizados em Barcelona.

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Dois exemplares deste modelo foram usados para transportar VIP´s e depois foram posteriormente vendidos. Foram pintados numa cor específica chamada Gardenia White, mas para além desta característica eram A610 convencionais.

A outra versão especial conhecida como Magny-Cours foi criada a fim de homenagear a vitória que a Williams Renault obteve no Grande Prémio de Fórmula 1 realizado em 1991 no circuito de Magny-Cours. Esta versão tinha cores especificas tanto no exterior como no interior e foi também produzida em números limitados (31 unidades).

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Chegado a este ponto é importante referir que o A610 não foi um sucesso comercial, e também não conseguiu atingir os objectivos a que a marca se tinha proposto aquando do seu lançamento. Tanto o GTA como o A610 foram um flop comercial e este último foi descontinuado em 1995 terminando assim a produção.

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Ainda assim o A610 foi extensamente aclamado pela crítica como um superdesportivo com personalidade própria, boas performances e um comportamento previsível.

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Até o famoso programa Top Gear elogiou este automóvel, em especial o apresentador Jeremy Clarkson. Contudo não foi suficiente para dar um incremento extra nas vendas, e o sucesso que este automóvel merecia.

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O modelo foi mesmo o último a ser produzido sob o nome Alpine, depois disso a fábrica onde era produzido dedicou-se à construção do Renault Spider e terminou assim uma Era.

Devido às suas qualidades, design e performances nenhum amante de automóveis fica indiferente ao A610 goste-se ou não.

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Tendo em conta que exemplares destes podem ser adquiridos a preços razoáveis, este poderá ser um bom investimento de futuro no que concerne à valorização de automóvel clássico.

Se procura um automóvel com estas características este poderá ser o modelo certo para si.

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Sérgio Gonçalves

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