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As mentiras dos fabricantes de automóveis no que toca a CO2 e consumos

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De certeza que já olhou para os números de emissões de CO2 de um automóvel e pensou se essa informação é verdadeira, assim como nos consumos médios anunciados pelas marcas. O facto é que o que leu é provavelmente um valor optimista e manipulado por esse fabricante automóvel, já que as emissões de dióxido de carbono divulgadas pelas marcas de automóveis e o que realmente se verificam podem ter uma discrepância na ordem dos 30% segundo os estudos mais recentes.

Um desses estudos que foi efectuado pela Federação Europeia para os Transportes e Ambiente (T&E), instituição esta, onde a Quercus está inserida, revelou uma diferença considerável entre os dados de consumo de combustível e das emissões de CO2.

Os vários fabricantes de automóveis a nível europeu mentem descaradamente, já que em condições normais de condução os valores sobem consideravelmente em relação aos dados técnicos revelados em inúmeros catálogos.

As marcas com maiores diferenças conhecidas, na ordem dos 25% a 30%, são: BMW, Audi, Vauxhall/Opel (GM) e Mercedes (Daimler). Com menos diferenças entre o declarado e real (15%) estão a e Renault, Peugeot Citroen (PSA) e a Toyota.

Este estudo classifica os fabricantes de automóveis com maior preocupação ambiental, ou seja os que se preocupam mais com as emissões de dióxido de carbono e a eficiência energética dos seus modelos, como menos “mentirosos” no que toca aos resultados, ainda assim não são 100% verdadeiros.

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Segundo um comunicado da Quercus apenas 55% de melhorias obtidas em testes de laboratórios revelaram-se reduções efectivas nas emissões de CO2 e no consumo de combustível em condições reais de condução. Segundo a mesma instituição isto tem ” consequências ao nível da transparência e confiança dos consumidores nas marcas”.

Por fim se quiser conhecer a lista (actualizada recentemente) dos automóveis mais eficientes do ponto de vista energético, consulte o site www.topten.pt.
No topten.pt poderá consultar entre os 68 modelos que estão distribuídos por 7 categorias. Todos estes automóveis foram avaliados e testados a nível de emissões de CO2, outros poluentes atmosféricos, o nível de ruído de cada um e os recursos necessários na produção desses modelos.

Para quem não sabe, este projecto insere-se no Euro-Topten Max, que complementa um projecto europeu financiado pelo Intelligent Energy Europe. São 21 parceiros de 18 países e têm como objectivo principal sensibilizar os consumidores na hora de adquirir algum automóvel ou outro equipamento, já que essa escolha poderá ser muito importante na defesa do meio ambiente. No nosso país este projecto é gerido pela Quercus e respectivamente apoiado pela ADENE – Agência para a Energia .

Para além disto, é um óptimo contra peso para fazer pressão junto dos fabricantes e marcas.

Sérgio Gonçalves

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