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Cosworth

A história desta empresa começou em 1958, quando foi formada por Mike Costin e Keith Duckworth. A Cosworth tornou-se o maior fabricante independente de motores a atingir sucesso na história, bem como se tornou num dos líderes no mercado de electrónica ligada a melhorar a performance, obtendo reconhecimento com uma sequência de títulos de pilotos e construtores no seu palmarés. A empresa teve também um excelente desempenho nos campeonatos de fórmulas, e também com performances impressionantes na F1, Indy, Champ Car, WRC e MotoGP.

A Cosworth começou a dar os seus primeiros passos na vida numa pequena oficina em Londres, em 1958. No entanto, as coisas rapidamente cresceram e uma mudança para instalações maiores foi então necessário. Nessa fase a empresa mudou-se para norte de Londres, onde começou a trabalhar no desenvolvimento do motor Ford 105E. A Cosworth conseguiu o seu primeiro grande sucesso quando o saudoso Jim Clark obteve uma vitória na categoria Júnior Fórmula, num Lotus 18 em Goodwood em 1960.

Estávamos numa época áurea do automobilismo clássico, e por volta dos anos 60, a empresa mudou-se para Northampton, onde as perspectivas de crescimento da empresa eram maiores e estavam logo ali ao virar da esquina. Em 1966, Duckworth assinou um contrato com a Ford para desenvolver um novo motor de três litros para a Fórmula Um, o lendário motor DFV nascia finalmente. E não demorou muito a aparecer o primeiro sucesso desse motor, com a vitória em 1967, quando Jim Clark obteve a vitória no Grande Prémio da Holanda. O DFV, foi sendo desenvolvido ao longo dos tempos, passando mesmo a dominar as corridas, e os resultados foram muito expressivos. Em 15 anos a Cosworth conquistou 155 vitórias.

Uma série de nomes famosos beneficiaram muito da ligação á F1 de Costin e Duckworth. O resultado dessa aproximação é que muitos pilotos como: Jackie Stewart, Emerson Fittipaldi, Mario Andretti, James Hunt e Nelson Piquet, ganharam campeonatos usando motores Cosworth durante a década de 70.

O sucesso Cosworth continuou através no período compreendido entre 1980 a 1990 numa variedade de campeonatos em todo o mundo. Ambos os Ford Sierra RS500 Cosworth e os Mondeo XG V6 ganharam o World Touring Car Championship, e o motor V8 ZETEC deu ao piloto Michael Schumacher o seu primeiro título na Fórmula 1. Na América do Norte os motores DFX e XB dominaram a fórmula CART / Indy levando a Cosworth a receber um prémio (Queen’s Award for Export) a valorizar as suas capacidades de realização e exportação, tanto em 1986 como em 1992.

Este período de tempo, testemunhou o crescimento espectacular da electrónica no automobilismo e o estabelecimento da gravação e análise de dados como uma pedra fulcral do automobilismo moderno e de alto rendimento. Em 1987 a divisão que desenvolve a electrónica na Cosworth foi fundada por Tony Purnell sob o nome de Research Pi. A empresa “nasceu” inicialmente focada no fornecimento de instrumentação electrónica para as equipas de competição e respectivos fabricantes, que desejavam melhorar a qualidade dos seus dados de testes em túnel de vento. A extensão a partir dos dados adquiridos em túnel de vento através de instrumentação para os automóveis foi a progressão natural e surgiu um equipamento que permitia o reunir desses dados. Deram-lhe o nome de Pi Research Black Box.

Amplamente utilizado no campeonato americano de IndyCar, o Pi Research Black Box foi o primeiro equipamento electrónico de recolha de dados, de forma a ser usado no desporto automóvel profissional. O sucesso do produto permitiu que as equipas conseguissem analisar parâmetros de desempenho do carro, motor e chassis, bem como permitiu obter também informações claras e precisas para o piloto. Marcou uma viragem na tecnologia do automóvel de corridas e definiu o futuro do automobilismo.

Em 1989 a divisão Pi Research abriu um escritório de vendas e apoio em Indianápolis para garantir suporte logístico e técnico local aos clientes norte-americanos. Era a forma de garantir que os clientes recebiam o suporte técnico que eles precisavam, e é algo que tem sido uma prioridade para a divisão electrónica da Cosworth ao longo dos seus 21 anos de história.

Após uma rápida expansão em termos comerciais, mais deslocalizações acabaram por surgir e em 1998 a divisão de electrónica da Cosworth acabaria por se mudar para a sua actual casa. Um espaço dedicado para a sua finalidade no norte de Cambridge no Reino Unido.

Neste momento a Pi Research adquiriu outra empresa de seu nome Pectel Control Systems de forma a complementar as suas tecnologias de aquisição de dados de motores e controladores de chassis para uma ampla gama de clientes do automobilismo. Desenvolvimento, montagem, vendas e suporte técnico de produtos Pectel estão agora localizados em Cambridge.

Depois surgiram os anos ligados à Ford. A Cosworth acabaria por ser comprada pela Ford em 1998 e tornou-se a empresa que fornecia os motores a Stewart Grand Prix e mais tarde à sucessora Jaguar Racing. O sucesso também continuou numa área mais ampla de negócios e em 2003 Cosworth foi eleita a empresa MIA do ano.

Em 1999, a Cosworth também abriu uma fábrica em Mooresville, para se concentrar nas necessidades do mercado americano em particular no campeonato de Stock Car. A partir daqui, a Cosworth forneceu muitas da equipas em todas as categorias das corridas em pistas ovais, fossem os campeonatos menos relevantes ou os campeonatos principais.

Em 2004, a Cosworth foi comprada por Gerry Forsythe e Kevin Kalkhoven, co-proprietários da Champ Car World Series (o sucessor do CART). No âmbito da sua nova propriedade e uma liderança da equipa de gestão feita por Tim Routsis, a Cosworth embarcou numa estratégia de diversificação que foi bem sucedida, explorando oportunidades de negócios em diferentes mercados, tais como: aeroespacial, automóvel e militar.

Em Janeiro de 2011, a Associated Industry Motorsports (MIA) voltou a reconhecer o sucesso da Cosworth na sua diversificação, com o Prémio 2011 New Markets. Em Novembro de 2011, essa diversificação voltou a ser bem sucedida, e a Cosworth voltaria a ser galardoada com outro prémio no Reino Unido, com o prestigioso RBS 2011 que homenageou a empresa do ano.

A Cosworth tem um historial de trabalhar em estreita colaboração com os fabricantes de automóveis para entregar variantes de alto desempenho e edições especiais, que vão de volta aos tempos do Sierra Cosworth ou até do mais recente Subaru CS400.

Desenvolvendo material específico, fruto da perícia e experiência, a Cosworth fornece soluções para melhorar a performance em automóveis, em edições limitadas e especiais. Oferecendo vários equipamentos, como caixas de velocidade até a parte electrónica para cada veículo. Com uma abordagem personalizada, a Cosworth oferece desenvolvimento de motores à medida de cada um.

Com vastos e flexíveis recursos tecnológicos, e estando perto do mercado de tecnologia, a Cosworth, também fornece soluções personalizadas, como motorizações eléctricas para aplicações em veículos especiais.

No que a automóveis diz respeito, a Cosworth deu muito ao desporto motorizado, e ainda hoje é uma importante empresa no ramo. Não só no desenvolvimento de componentes, como em variadíssimas áreas. O sucesso é sinónimo desta marca sediada no Reino Unido.

Sérgio Gonçalves

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