
Mais uma vez, perante muitos milhares de espetadores! Um “aranhiço” venceu, pela primeira vez, a clássica das clássicas do todo-o-terreno, através da dupla Miguel Barbosa/Paulo Fiúza (Taurus). Foi, também, a estreia em triunfos deste tipo de veículo numa prova da Taça do Mundo FIA de Bajas. Depois de dois dias de intensa competição, nas pistas de terra do Alto Alentejo e Ribatejo, igualmente destaque para os sucessos de Hélder Rodrigues (SSV), Martim Ventura (Motos), Luís Fernandes (Quads), Ricardo Silva (Promoção & Hobby) e Bernardo Caiado (Mini Baja), nas respetivas categorias. Quase 400 equipas participaram na prova organizada pelo Automóvel Club Portugal.
Nasceram como veículos de lazer, mas, em 2008, fizeram os primeiros quilómetros em competição, precisamente na Baja Portalegre 500. Desde então que os SSV, vulgarmente conhecidos por “aranhiços”, ganharam popularidade. O segredo do sucesso? A simplicidade e robustez da mecânica, a crescente competitividade e o reduzido custo de aquisição, comparativamente a um tradicional carro ou protótipo desenvolvido para o todo-o-terreno de competição.
E dezasseis anos depois da estreia, um “aranhiço” estreou-se a vencer na Baja Portalegre 500, depois de já em, em 2023, ter cometido a proeza de terminar no derradeiro lugar do pódio.

Com 24 anos e dois anos depois de não ter subido ao lugar mais alto do pódio por um escasso décimo de segundo, Martim Ventura (Husqvarna) estreou-se a vencer na Baja Portalegre 500. “Ganhar aqui, depois de ter começado na Mini Baja com 11 anos e, ao mesmo tempo, ser campeão nacional, é um sonho de criança tornado realidade. Dedico esta vitória ao meu pai e ao Pinhel (mecânico), pessoas que perdi, mas que foram importantíssimas na minha vida e na minha carreira”, afirmou o piloto ACP.

Depois de um currículo notável nas duas rodas, Hélder Rodrigues (Can-Am) tem apostado nos SSV para dar continuidade à sua carreira e, na edição deste ano da Baja Portalegre 500, o lisboeta repetiu a vitória do ano passado. “O dia de ontem não correu muito bem. Só fui rápido no prólogo, mas depois perdi muito tempo. Hoje, a prova era longa e dura. Fui atacando, sempre concentrado e, no fim, consegui vencer. Sabe muito bem ganhar outra vez.” |
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