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Lotus Elise Mk1 – Peso pluma da diversão

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Para muitos automobilistas existe o desejo de possuir vários automóveis nas suas garagens, incluindo em muitos casos alguns motociclos. O tal “segundo” ou “terceiro” automóvel nessa lista de desejos costuma ser um desportivo, sem grandes concessões ao conforto e apenas com um objectivo, ser divertido sem compromissos.

E nessa lista que se enquadra o fantástico Lotus Elise, em especial a primeira geração do modelo, muito leve e acessível q.b. a muitas bolsas sem criar um grande rombo financeiro na conta bancária.

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O Lotus Elise é um desportivo/roadster de dois lugares com motor central e tração traseira que foi produzido a partir de Setembro de 1996 pela empresa Lotus Cars. Já o seu nome deriva d Elisa, já que era o nome da neta de Romano Artioli, responsável máximo da Lotus e da Bugatti naquele período.

A sua carroçaria é feita em fibra de vidro, e o seu chassis é totalmente produzido em alumínio, tudo isto com o propósito de reduzir o peso do carro ao máximo sem comprometer a dinâmica e respectiva segurança.

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O design do modelo teve a mão de Julian Thomson, que na altura era o responsável principal do gabinete de design. Contou ainda com a colaboração directa de Richard Rackham, o então engenheiro-chefe da Lotus.

O facto de ser um veículo espartano no concerne a equipamentos de conforto e com pouco espaço para pessoas e bagagens tem a ver com o facto da marca inglesa querer reduzir não só os custos de produção como também dar ao seu automóvel capacidades dinâmicas e performances acima da média, sem a necessidade de recorrer a motores de grande capacidade.

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Assim o Lotus Elise original pesava “apenas” 725 kg o que lhe permitia cumprir o tradicional arranque de 0 a 100 km/h em 5,8 segundos e atingir uma velocidade máxima anunciada de 202 km/h. A unidade motriz era um 1.8 com 120 cavalos de potência de origem Rover acoplada a uma caixa manual de 5 velocidades.

Outra das vantagens do baixo peso era o facto de o Elise consumir pouco combustível (consumo médio de 7,1 Litros/100 km), travar bem e claro ter um comportamento dinâmico de referência.

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Como já é comum na marca, não tardou muito tempo para que fossem lançadas (várias) versões limitadas.

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Uma dessas versões especiais ficou conhecida como Sport 135, tinha uma potência de 147 cavalos. Já a versão Sport 160 vinha munido de uma potência a rondar os 150/160 cavalos e o Sport 190 com 193 cavalos. Todas estas tinham suspensão mais adaptada a uso em pista, assim como jantes e pneus de maiores dimensões de acordo com cada modelo.

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Outras versões especiais como a do 50º Aniversário (50th Anniversary Edition) da marca Lotus pintada em verde e dourado, ou a versão Type 49 com a carroçaria pintada com as cores dourado, vermelho e branco. Por fim a versão Type 79 pintado em preto e dourado que homenageia as cores dos monolugares históricos da

Fórmula 1 que a marca desenvolveu ao longo da sua carreira na categoria máxima do desporto automóvel.

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Falando do Elise é inevitável falar das versões mais “radicais” do modelo, como é o caso do 111s.

Este Elise tem o nome original (Type 111), ou melhor o código do modelo em questão que foi lançado em 1999 com a motorização Rover com 1,8 litros mas ao contrário da unidade do modelo original, este vinha munido de VVT, um sistema variável de válvulas semelhante aos VTEC da Honda. Para além desse sistema contava também com uma cabeça de motor diferente que permitia mais potência, ou seja, 145 cavalos.

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Contando com uma caixa de velocidades com relações mais curtas e relação de diferencial também mais curto as performances são obviamente superiores ao modelo original. A aceleração de 0 a 100 km/h é de 5,6 segundos e a velocidade máxima é de 213 km/h.

Este modelo também contava com outros equipamentos, como bancos mais confortáveis, um aileron traseiro, discos perfurados, faróis dianteiros com capas, escovas limpa vidros em alumínio e umas jantes de 6 braços.

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Porventura a versão mais radical usando por base o chassis original do Elise foi o 340r.

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Apresentado em 2000, o 340R é uma versão limitada a 340 unidades baseada no Elise de primeira geração, que tinha a particularidade de não ter tejadilho e possuir uma estética radical.

O seu nome foi originalmente associado ao facto do modelo conseguir uma relação potência/peso de 340 cavalos por tonelada. Ou seja 179 cavalos para apenas 500 kg de peso.

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Contudo as versões comercializadas eram um pouco mais pesadas (701 kg) e essa relação de potência/peso baixou para 269 cavalos por tonelada. Esta versão alcançava os 100 km/h em 4,3 segundos e atingia uma velocidade máxima de 209 km/h.

Foi também produzida uma versão ainda mais radical que ficou conhecida como Track Pack que como o nome indica foi desenvolvida para uso em pista e onde os técnicos da Lotus aumentaram mais a potência do motor 1.8 (195 cavalos), e onde o peso foi reduzido para uns “meros” 571 kg.

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Por fim a versão “fechada” (tejadilho fixo) do Elise que foi lançada em 2000 e que ficou conhecida como Exige, dotada com o mesmo motor 1.8 Rover de outras versões, que produzia neste modelo 179 cavalos de potência.

Como é habitual na marca inglesa era inevitável haver outra versão ainda mais potente, também conhecida como Track Spec que usava a mesma versão do motor utilizado no 340 R com os seus 195 cavalos de potência acoplado a uma caixa manual de 5 velocidades.

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As performances anunciadas são um arranque de 0 a 100 km/h em 4,9 segundos e velocidade máxima de 219 km/h.

A fórmula de sucesso deste automóvel é muito simples, pouco peso equivale a grandes emoções, algo que a Lotus sempre sobre proporcionar aos seus clientes e que na primeira geração do modelo Elise atingiu um enorme sucesso global, muito por culpa das excelentes qualidades dinâmicas que essa filosofia permite.

Sérgio Gonçalves
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