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Nissan Silvia S14 – A receita para a diversão

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Para muitos condutores e amantes de automóveis o conceito de tracção traseira é quase um aspecto essencial no que toca à diversão que se consegue obter, quando se conduz um automóvel.

Ainda que exista bons e divertidos automóveis com tracção dianteira, muitos mais são aqueles que proporcionam um derradeiro prazer de condução quando a potência é transmitida ao solo pelo eixo traseiro.

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Uma excelente referência é o modelo aqui em análise, o fantástico Nissan Silvia S14 da 5ª geração da história do gigante japonês Nissan.

Não foi um enorme sucesso comercial fora do Japão, mas no mercado doméstico foi sempre muito popular. Actualmente muitos europeus e americanos tentam “deitar a mão” aos S14 pelas suas qualidades dinâmicas e seu pelo potencial para várias modalidades do automobilismo.

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O seu nome vem de um passado com muita história em particular nos modelos Coupe, e este foi sempre dado a todas as gerações, independentemente da plataforma ser partilhada com outros automóveis da Nissan.

Esta geração foi apresentada pela primeira vez ao público nos finais de 1993 e tinha como particularidade ser mais baixa e larga que a versão anterior (S13). O seu design tem linhas mais curvas, o que dá a impressão visual de ser muito maior que a versão que precede, mas é apenas ilusão óptica, pois é marginalmente maior.

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A distância entre eixos é maior que na geração anterior, o que permite ao modelo ter um comportamento dinâmico mais eficaz.

O nível de equipamento e as suas designações mantiveram-se praticamente inalteradas em relação ao S13, apenas a versão Club Selection foi abandonada no S14.

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A marca japonesa continuou a oferecer pacotes de equipamento para as variantes Q e K que possuíam aileron (“asas”) traseiros e outros apêndices que melhoram ligeiramente o downforce aerodinâmico.

No capítulo das motorizações a grande novidade nesta geração foi a adopção de uma nova versão do motor turbo (SR20DET) de 2,0 litros 16V que recebeu a tecnologia de variação de válvulas conhecida na Nissan como N-VCT. Isto juntamente com a adopção de num turbocompressor (T28) de maiores dimensões permitiu um incremento de potência em relação ao modelo anterior.

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Neste modelo a potência declarara é de 220 cavalos às 6400 rpm e 275 Nm de binário às 4800 rpm.

As performances deste S14 são as seguintes: 0 a 100 km/h em 7,6 segundos e velocidade máxima de 230 km/h.

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Durante a vida do Silvia S14 a marca japonesa chegou a realizar um restyling em 1996 quando dotou o modelo com faróis com um design mais agressivo, assim como luzes traseiras diferentes. Para além disto houve ligeiras alterações na carroçaria e o turbocompressor foi revisto. Esta variante é conhecida como S14A.

O último ano de produção do S14 para todos os mercados aconteceu no ano 2000, ao qual a marca deu o nome de código – Touring Model. Este tinha um motor mais evoluído, com novos êmbolos entre outros pequenos refinamentos mecânicos.

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O conhecido preparador da Nissan, a Nismo Motorsports desenvolveu um S14 especial e de série limitada a 50 unidades que ficou conhecido como Nismo 270R.
Foi produzido apenas em 1994 e tinha como significado a comemoração do 10º aniversário da Nismo.

E o “270” significa mesmo a potência desta variante, ou seja 270 cavalos e 338 nm de binário.

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Este modelo tinha outras particularidades para além da maior potência, tais como um capô com entrada de ar para o “novo” intercooler (montado em cima do motor), um kit aerodinâmico (Nismo Edge), uma embraiagem reforçada, suspensão desportiva, jantes de liga leve forjadas, um autoblocante de 2 vias, símbolos Nismo nos bancos traseiros e dianteiros, entre outras coisas.

Todos os modelos 270R tinham o logo “Nismo 270R” estampado na carroçaria e uma placa com o número de série gravado no porta-luvas, a identificar cada unidade.

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Nos dias de hoje existe uma legião de fãs do modelo em todo o mundo muito por culpa das qualidades dinâmicas do chassis de tracção traseira do S14, do potencial tuning que o modelo proporciona tanto para aumentar a potência como para melhorar o comportamento dinâmico ou simplesmente pelo aspecto estético.

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A categoria drift é que mais absorve este modelo em concreto e já não é só no Japão, pois no resto do mundo já são muitos os fãs deste modelo que o usam nesta modalidade.

Sérgio Gonçalves

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