É já um dado adquirido que o downsizing nos motores dos novos automóveis vieram para estabelecer uma mudança de realidades e dar aos motores diesel a concorrência há muto desejada. São cada vez mais pequenos, mais eficientes em consumos, mais leves e menos poluentes. A palavra de ordem nas marcas é redução. Não é só no caso português que a diminuição da cilindrada e das emissões poluentes são uma grande em termos fiscais na hora de comprar um automóvel novo.
No mundo inteiro e em especial na Europa e até mesmo nos Estados Unidos, a preocupação com o ambiente, com o agravamento da carga fiscal e o aumento dos preços dos combustíveis têm levado os consumidores a procurar automóveis com mecânicas mais eficientes nestes parâmetros. É sabido que no nosso país a cilindrada juntamente com os valores de CO2 têm um grande impacto no preço final do veículo, assim como no IUC. E sabendo que o preço dos combustíveis é dos mais elevados na europa, a procura por este tipo de motores tem sido uma constante. As marcas não têm sido alheias a esta procura, e porque não dizer a alteração de paradigma no panorama rodoviário. São muitas as novidades tecnológicas, mas uma já vem de outros tempos, como o turbocompressor. Trazem mais potência, menos cilindrada e mais eficiência.
O pequeno bi-cilíndrico Twin Air da Fiat com apenas 874cc de cilindrada é a prova disso mesmo. Gera cerca de 85 cavalos de potência e não vai além de 100 gramas por quilómetro de CO2. Concilia boas performances com consumos relativamente baixos, sem esquecer o ambiente. Estes motores já equipam vários modelos do grupo italiano; os Fiat 500 e o Panda assim como o Alfa Romeo Mito são os escolhidos.
Outra marca bastante atenta a tudo isto, é a Ford, em especial a Ford Europa. Pois o sucesso das mecânicas de baixa cilindrada e do seu mais recente modelo 1.0 EcoBoost faz com que a marca já tenha planos para acelerar a produção triplicando a mesma em 2015. Em Abril, a motorização 1.0 EcoBoost foi responsável por 23% das vendas da gama Focus em 19 mercados europeus, com resultados surpreendentes. Na Suíça foram 60% e na Grécia 37%, Holanda 35%, Reino Unido e Alemanha ambos com 28%, mesmo em Portugal numa altura tão difícil no sector, as vendas deste modelo foram positivas 21%. Isto prova que as marcas estão atentas aos consumidores e querem mudar mentalidades. Até porque os automóveis movidos a gasóleo começam a perder terreno na escolha de potenciais clientes.
Este pequeno motor de 999cc equipado com turbo, pode proporcionar potências entre os 100 e 125 cavalos. No caso do Focus, a potência é de 125 e irá equipar os modelos B-Max e C-Max. No horizonte poderão outros modelos receber esta mecânica. Assim como a entrada em mercados asiáticos ou até mesmo nos Estados Unidos é um objectivo a curto prazo da Ford. É o verdadeiro motor anti-diesel, sem perder no capítulo das performances.
O grupo PSA também já começou a estrear motores modernos de baixa cilindrada e menos poluentes movidos a gasolina. A estreia no novo Peugeot 208 de motores de 1000cc e 1200cc de 3 cilindros vem dar um novo rumo à marca e ao grupo PSA nesta nova tendência de mercado. Serão vários os modelos a serem equipados com estas novas mecânicas, com potências a rondas os 68 e 82 cavalos, com consumos mistos, segundo a marca, de 4,3 e 4,5 litros aos 100. As emissões de CO2 homologadas serão de 99 e 104 gramas por quilómetro respectivamente.
Atenta a tudo isto está o Grupo Volkswagen que também já adoptou os novos motores 3 cilindros nos mais pequenos automóveis do grupo, o VW Up, Skoda Citigo e Seat Mii. Ambos de 1000cc com potências que variam entre os 60 e os 75 cavalos. Motores atmosféricos que apenas se diferenciam através pequenas diferenças na gestão electrónica da centralina. O mesmo já se passava noutras motorizações do Grupo. Como os 1.2 TFSI, estes com potências de 86 e 105 cavalos e os 1.4 TFSI com 122 ou 185 cavalos. Estes últimos porém já detêm mecânicas com turbo e até mesmo turbo e compressor no modelo 1.4TFSI com mais potência. Tudo isto sem beliscar consumos baixos, performances agradáveis ou até baixas significativas em emissões de CO2.
Soluções inteligentes e adaptadas aos mercados e desejo dos consumidores, não esquecendo as enormes vantagens em termos ambientais e fiscais. Novos tempos, novo paradigma e a necessidade de dar um novo impulso ao Mercado Automóvel que em muitos países sofre os efeitos da crise económica.
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