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O melhor e o pior de 2014

Com o ano de 2014 a terminar, está na altura publicar o habitual artigo que reúne o melhor e o pior do ano que acaba em breve, no qual analisamos algumas temáticas e respectivos acontecimentos com o intuito de darmos a nossa opinião positiva ou negativa sobre tais factos.

É um balanço geral do ano (reunindo 10 categorias) que agora termina, no que diz respeito ao mundo dos automóveis, e a tudo o que aqui noticiámos no Autoblog.pt.

Construtor

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Melhor: A BMW continua a atacar forte o mercado automóvel com inúmeras novidades lançadas este ano e que abrangem cada vez mais todas as gamas. Nos eléctricos com o i3 e o i8, lançou também o BMW Active Tourer, o primeiro de tração dianteira da gama e planeia mais modelos usando essa configuração, assim como os novos M3 e M4. Prevê-se um futuro cheio de sucessos para os lados da Baviera.

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Pior: Alfa Romeo. Ainda que tenha produzido e lançado o fantástico 4C a marca italiana continua sem modelos novos no seu catálogo e sem grandes novidades para os segmentos de mercado. Este ano só fica marcado pela positiva pelo lançamento do modelo acima referido o que é muito pouco tendo em conta o estatuto da icónica Alfa Romeo.

Design Automóvel

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Melhor: Como no ano passado, o melhor nesta categoria acaba por ser outro Jaguar, mas desta feita a versão Coupé do F-Type. Se a versão “aberta” já tinha ganho esta categoria, o que dizer da versão “fechada” que reúne todas as qualidades do vencedor do ano passado com a particularidade deste ano ter um tejadilho que realça da melhor forma as bonitas “curvas” do automóvel inglês. José Mourinho foi o primeiro proprietário a deitar as mãos deste belo exemplar.

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Pior: O destaque vai para o Fiat 500L, que aos nossos olhos pelo menos nos parece um exercício de design forçado, já que o modelo 500 é muito consensual neste capítulo mas que dispensava uma versão “esticada”. O 500L não tem personalidade própria, é apenas um 500 mais espaçoso, de 5 portas, mas num conceito “forçado”. Como tal nem de perto nem de longe atingiu o sucesso comercial do “irmão” de três portas.

Piloto

Lewis-Hamilton

Melhor: O destaque vai para Lewis Hamilton com a conquista do seu segundo título de Campeão do Mundo (F1) na categoria máxima do desporto automóvel. Um ano de muita disputa interna dentro da equipa Mercedes-Benz, em especial com o alemão Nico Rosberg (2º) que levou a corte de relações, polémicas, entre outros. As coisas acalmaram depois de alguns incidentes e o britânico revelou todo o seu talento ao bater o seu colega de equipa em vários Grandes Prémios decisivos.

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Pior: Félix da Costa. Por muito que nos custe, esta escolha nada tem a ver com o talento e capacidades do piloto Português, mas sim pelo péssimo campeonato que efectuou no DTM este ano. Sem experiência e participando num campeonato muito concorrido, carregado de bons e experientes pilotos, Félix da Costa que viu a sua possibilidade de entrar na F1 este ano esfumare-se e acabou por protagonizar uma época desastrada neste campeonato. Ficou em penúltimo com apenas 6 pontos conquistados, o que é muito pouco. Esperamos que para o ano as coisas sejam diferentes, e desejamos-lhe a melhor das sortes para a nova temporada.

Piloto Revelação

Daniel-Ricciardo

Melhor: Daniel Ricciardo piloto de F1 da equipa Red Bull Racing – Renault. Este ano não só conseguiu suplantar o seu colega de equipa, o (Campeão) alemão Sebastian Vettel como alcançou o último lugar do pódio no mundial de pilotos, tendo ganho 3 Grandes Prémios durante a temporada e terminando com 238 pontos atrás de Rosberg. Protagonizou excelentes ultrapassagens e grandes corridas mesmo tendo um monolugar inferior aos Mercedes-Benz.

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Pior: Max Chilton, o piloto inglês de 23 anos teve uma temporada para esquecer na F1, onde nunca se conseguiu impor não tendo conseguido alcançar qualquer ponto no campeonato. O melhor que conseguiu foi dois 13º lugares, muito pouco para o que prometia. A equipa de onde fez parte, a Marussia F1 Team também fechou portas e nem terminou a temporada.

Motor

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Melhor: Poderiam ser vários os candidatos para esta categoria, mas numa época em que as mecânicas caminham para um mundo onde já (quase) não se dispensa a sobrealimentação, temos que premiar uma mecânica moderna de cariz atmosférico como aquela que equipa o Ferrari F12 o LaFerrari. Este V12 com 6,3 litros debita 730 cavalos de potência no F12 e cerca de 800 “irmão” mais recente, com regimes de rotação máxima perto das 9000 rpm.

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Pior: A unidade de 3 cilindros, 1,2 litros da Citroen que debita 72 cavalos. Motor “ultrapassado”, com consumos elevados e pouca potência/binário. Sem turbocompressor ou compressor volumétrico para “ajudar” qualquer pessoa que conduza um Citroen com esta motorização vai “desesperar” em muitas situações, em especial nas ultrapassagens ou com o automóvel carregado.

Automóvel

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Melhor: BMW i8. Com consumo combinado de 2,1 l/100km, 0 aos 100 km/h em 4,4 segundos, 250 km/h velocidade máxima (limitada electronicamente) ou 120 km/h em modo 100 eléctrico, valor de CO2 de 49 g/km carregado de tecnologia e um sistema hibrido do mais avançado que existe actualmente em produção, se isto é o presente e respectivo futuro os amantes de automóveis só podem continuar a sonhar, pois o seu preço (+ de 100.000 euros) não permite que muitos conquistem esse sonho. Referência final para o motor turbo a combustão a gasolina de três cilindros, com 1.5 litros de capacidade e que debita 231 cavalos, que combinado com o motor eléctrico de 131 cavalos alcança um total de 362 cavalos de potência e 580 Nm de binário.

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Pior: Mitsubishi Space Star. Design “básico”, nenhuma inovação e apenas uma motorização disponível, uma unidade motriz (atmosférica) a gasolina, 1.2 com 80 cavalos. Um automóvel que facilmente cai no esquecimento, com pouco ou nenhum sucesso comercial no nosso país.

Eventos

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Melhor: As 24 Horas de TT de Fronteira, uma verdadeira festa do automobilismo que mobiliza milhares de aficionados e centenas de pilotos durante um par de dias naquela região alentejana. Esta edição foi ganha pelos pilotos Jean Brochard, Stéphane Santucci, Michael Caze e Thierry Charbonnier que ao volante do Caze Nissan Buggy não deram hipóteses à concorrência.

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Pior: Aqui o destaque pela negativa vai inteiramente para as vítimas mortais no Rali Sprint de Guimarães. O despiste de uma viatura no fim do troço apanhou desprevenida uma família que foi colhida e assim se perderam três vidas. Mãe e filho foram duas das vítimas mortais, Maria Cândida Fernandes e Adriano Maia, de 8 anos, são esposa e filho de um dos pilotos que também estava em prova, para além de outro adolescente de 13 anos. Relança a discussão da segurança neste tipo de eventos e “assombra” sempre o desporto automóvel.

Publicidade

Melhor: [youtube]https://www.youtube.com/watch?v=hOGf-gHg2CI[/youtube] – A Audi esteve em grande neste anúncio que mistura humor, animais e muita originalidade.

Pior: [youtube]https://www.youtube.com/watch?v=C9sfKHa_yNg[/youtube] – Nada faz sentido neste confuso anúncio, “há imagens que valem mais que mil palavras” e como tal deixamos ao leitor o critério para analisar este anúncio.

Panorama automóvel Nacional

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Melhor:
O aumento da venda de automóveis novos no nosso país. Até ao final do mês de Outubro, os portugueses tinham adquirido mais 30 mil carros do que nos primeiros nove meses do ano passado. Ou seja, ainda que os valores não estejam nos níveis desejados de outros tempos a tendência é positiva e permite olhar com (algum) optimismo para o futuro.

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Pior:
A detioração das estradas nacionais e a falta de investimento das mesmas que causam cada vez mais problemas aos condutores, tanto ao nível de segurança como de comodidade. Os impostos que os automobilistas pagam, e que são altíssimos, (novos aumentos em 2015) não têm tido como prioridade este tipo de problema. Fala-se tanto em prevenção rodoviária, e na redução do número vitimas em acidentes rodoviários mas desinvestiu-se na segurança e bom estado das vias em Portugal.

Inovação tecnológica

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Melhor: O plástico reforçado por fibra de carbono utilizado nos mais recentes modelos BMW i3 e i8 por exemplo A utilização deste material também conhecido como CFRP é a melhor alternativa para tornar os automóveis mais leves sem que os torne demasiado caros. Para isso o processo de fabrico deste produto está a ser desenvolvido, melhorado pela BMW e pelo parceiro Americano, a SGL Carbon. Esta conjugação de esforços permite baixar os custos de produção e tempo de fabrico, essenciais para o futuro.

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Pior: As malas com abertura eléctrica. Não é uma novidade absoluta deste ano, mas começa a existir cada vez mais automóveis que usam este sistema. O seu funcionamento na maioria dos casos é lento na actuação, por vezes basta algo no caminho para impedir de fechar e o sistema automático faz reset e lá tem a pessoa que esperar de novo por todo o processo, quando poderia pura e simplesmente baixar com a mão como foi sempre feito até hoje. Mais peso, mais complexidade electrónica em troca de sermos um pouco mais preguiçosos, não nos parece uma boa inovação.

O ano de 2014 chega assim ao fim e estes foram os destaques de um ano recheado de acontecimentos e novidades no mundo automóvel.

Se tiver alguma sugestão para alguma das categorias contacte-nos. Fazemos votos que 2015 seja tão bom ou melhor que 2014.

Sérgio Gonçalves

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