O Opel Speedster é um roadster que deriva da plataforma do Lotus Elise e foi produzido pela Opel entre 2001 e 2005. Caracteriza-se pelo baixo peso, agilidade e tracção traseira, sendo que o motor, montado transversalmente e em posição central, é um 4 cilindros a gasolina capaz de prestações bastante interessantes.
A Opel pretendia disponibilizar um carro que proporcionasse um prazer de condução sem compromissos. Daí a filosofia do projecto: minimal weight, high efficiency, maximum enjoyment, ou seja, peso mínimo, alta eficiência e máxima diversão.
Foi também um modelo pioneiro em vários aspectos para a Opel, pois foi o primeiro carro de motor central da marca e o primeiro a utilizar materiais compósitos e alumínio na construção do chassis e carroçaria.
A tracção às rodas traseiras, o chassis de alumínio e uma carroçaria reforçada em fibra de vidro, assim como a herança do Elise, fazem com que este descapotável se sinta em casa nas estradas mais sinuosas, onde demonstra toda o seu potencial. O peso do carro não ultrapassa os 930 Kg na versão turbo.
Embora a sua baixa potência o posicione num patamar abaixo dos superdesportivos, o baixo centro de gravidade, a largura de vias e a direção precisa contribuíam para que o carro conseguisse curvar a velocidades elevadas, sendo um carro que transmite um prazer de condução puro.
Alimentado por motor 2.2 litros ECOTEC com bloco de alumínio e 147cv, permite-lhe acelerar dos 0 aos 100km/h em menos de 6 segundos e atingir uma velocidade máxima de 220km/h. Em 2003 foi introduzido contudo o motor 2.0 turbo, que com uma potência máxima de 200cv, permitia ao Speedster acelerar de 0 a 100km/h em apenas 4.9s e atingir uma velocidade máxima de 243km/h.
Durante o seu desenvolvimento, Doris Bernhardt, que liderou o projecto do Speedster, referiu em certa altura que o desenvolvimento do carro e as decisões, dependiam da resposta a uma pergunta: será que a condução do Speedster fica mais dinâmica? Isto fez com que o Speedster não venha equipado com alguns componentes que são de série em muitos carros como ar condicionado, direcção hidráulica, tensores dos cintos de segurança, etc.
No interior, os dois lugares do carro confirmam o seu carácter puramente desportivo, com um aspecto high-tech do interior. O alumínio predomina nas partes visíveis do chassis. O equipamento interior está reduzido ao essencial, com os dois mostradores, do conta-rotações e da velocidade a dominarem. O interior é também muito purista, com o alumínio que já referimos, a pele das backets, o alumínio ainda na manete de velocidades, o botão de start, o volante em couro, são marcas da personalidade deste Opel.
O carro estava equipado com travões ventilados com discos de 288mm, sendo que o ABS era de origem. Aas jantes eram de 17 polegadas, com 5.5’’ de largura na frente e 7.5’’ de largura as traseiras. Estavam equipadas com pneus Bridgestone Potenza desenvolvidos especialmente para o carro, nas medidas 175/55 no eixo da frente e 225/45 R17 no eixo traseiro.
Existem algumas diferenças entre as duas verões do Speedster. A suspensão foi trabalhada na versão turbo para poder lidar melhor com a maior potência disponível, bem como a aerodinâmica que foi optimizada. A versão turbo possui uma grelha modificada, que permite a entrada de mais ar para o radiador, assim como umas novas entradas de ar laterais para conseguirem um melhor arrefecimento do motor.
O Opel Speedster foi produzido em Inglaterra pela Lotus Car. No mercado Europeu, erra denominado Speedster, mas no Reino Unido, era denominado Vauxhall VX220 enquanto mais tarde apareceu com a designação Daewoo Speedster apenas para efeitos de marketing no mercado Asiático. A produção terminou em 2005 tendo sido substituído pelo seu sucessor, o Opel GT.
[quote]O Opel Speedster conseguiu o título de carro do ano da Top Gear em 2003.[/quote]O Speedster que apresentamos aqui neste artigo, foi fotografado por Daniel Golban na zona do Guincho e Cabo da Roca. Trata-se de um exemplar muito bem tratado e que teve já várias alterações com vista a melhorar vários aspectos do carro. O carro pertence a João Saramago.
Para melhorar as prestações do carro, foi instalado um sistema de escape Bartoli com colectores Chriss Tullet. A admissão de ar foi substituída por uma artesanal da MobileLab. O motor levou ainda velas Bosch Iridium, um reservatório de expansão da refrigeração de maior capacidade, umas Piper Cams stage 2, injectores LSJ, colector de admissão e intercooler rods em polyuretano. Tudo isto foi complementado com uma reprogramação de centralina para 185cv de potência máxima, embora o carro circule agora com uma afinação que preserva a fiabilidade, com uma potência máxima de 172cv às 6800rpms.
A suspensão é uma Gaz golf Pro II que permite a afinação da geometria do carro, que aqui foi feita tomando como referência ao Lotus 340R de trofeu.
Os travões são sempre um componente importante para quem gosta de andar depressa. Este Speedster teve um upgrade a sistema de travagem com uns discos ventilados e ranhurados da Brembo. O sistema foi complementado com tubos malha de aço, liquido Dot 5.1 e um ABS Switch.
As jantes não são as originais, e este carro conta até mais 2 conjuntos de jantes, para além das originais. As da sessão fotográfica são as MAK 5R Fever com pneus BF Goodrich V Profiler. O outro conjunto são umas Team Dnamics 1.2S feitas exclusivamente para os Lotus e Speedster com pneus semi-slick Federal 595 RSR. A largura das vias também foi aumentada com espaçadores nos dois eixos.
Sem dúvida que este é um excelente exemplar para ilustrar a beleza e características do carro.
Deixamos aqui também um agradecimento ao Daniel pelas fotos. Visitem e sigam a página dele em DaniGDesigns
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