Sir Stirling Moss é indiscutivelmente um dos melhores pilotos de corridas de todos os tempos e um verdadeiro ícone do mundo automobilístico. Conhecido durante toda a sua carreira como “Sr. Motor Racing ‘, tornou-se um piloto profissional em 1948, com apenas 18 anos, ao volante de um Cooper 500.
O seu início de carreira foi metódica, conduziu para duas marcas distintas, foram elas a Jaguar e a HWM. No ano de 1955, Moss deu outro passo importante no seu percurso, assinou contrato pela Mercedes-Benz, na altura famosa pelos “Flechas de Prata”, formando equipa com o lendário campeão do mundo de F1, Juan Manuel Fangio.
Durante esse ano, Stirling Moss foi a sombra do argentino, na grande maioria dos Grandes Prémios, mas ainda teve tempo para se destacar e tornar-se famoso, ao ganhar a Fangio no Grande Prémio da Inglaterra em Aintree, pilotando o seu Mercedes-Benz W196 Monoposto. Nesse mesmo ano, Moss também ganhou a corrida das 1000 milhas (Mille Miglia), uma emblemática e eterna corrida de rua. Com um Mercedes-Benz 300 SLR, atingiu velocidades espantosas, conseguiu uma média de velocidade na casa das 97,96 milhas por hora (157.6km/h) em estradas públicas. Conseguiu ainda amealhar outra importante vitória na corrida Targa Florio, mais uma vez no SLR 300, e também na prova Tourist Trophy em Dundrod.
Durante quatro anos ele acabou mesmo por ser vice-campeão no Campeonato Mundial de Fórmula 1. O seu espírito de camaradagem e fair play no desporto, permitiu que Mike Hawthorn conseguisse conquistar no Grande Prémio em Portugal, o título de pilotos em 1958 por meio ponto à custa da boa vontade de Moss.
Depois da Mercedes-Benz se retirar do automobilismo após a tragédia ocorrida em Le Mans no ano de 1955, Stirling, liderou as equipas Maserati e Vanwall. Ele pilotou qualquer coisa como 107 tipos diferentes de automóveis, em todas as classes do desporto motorizado durante a sua notável carreira.
No final dos anos 1950 e 1960, ele liderou a transição que ocorreu na F1, onde pela primeira vez os motores foram colocados em posição traseira. Com o Cooper-Climax, conseguiu a primeira vitória de um carro com esta configuração em 1958 no Grande Prémio da Argentina, e foi durante este período, um veículo muito à frente da concorrência, sendo mesmo considerado como estando numa classe à parte.
A sua vitória em 1961 no Grande Premio do Mónaco, ao volante de um Lotus 18 contra o mais poderoso da Ferrari, foi a sua terceira vitória na Fórmula 1, naquele histórico circuito citadino e ainda hoje, é considerado como uma das melhores corridas de Fórmula 1 de sempre.
Entre 1954, o primeiro ano que Stirling Moss considerou possuir um bom carro de Fórmula 1, o icónico Maserati 250F, e 1962, ele participou em 318 corridas de todos os tipos, terminou 225 delas. E tendo em consideração que naquela época os carros não eram tão fiáveis, ganhou 134 dessas corridas.
Stirling Moss pilotou um Ferrari em 14 ocasiões, tendo vencido 12 das corridas em que entrou e conseguiu ainda as 10 voltas mais rápidas. Das restantes duas corridas, ele foi desclassificado. Em Sebring, a desclassificação foi porque os seus mecânicos colocaram combustível quando na verdade o carro tinha entrado nas boxes com problemas de travões. E em 1961 na prova de Le Mans, um tubo do radiador foi cortado por uma lâmina da ventoinha, quando era terceiro na classificação geral e liderava a classe GT.
Stirling pilotou para Rob Walker no período compreendido entre 1958 a 1962, participando em 93 corridas, terminando 70 delas, conseguindo 46 primeiros lugares. Guiou também um Maserati em 72 corridas, terminando em 50, com 25 primeiros lugares e 31 recordes de voltas mais rápidas.
Das 375 corridas em competição que terminou durante a sua carreira de piloto profissional, Moss ganhou com um total surpreendente de 212, que é mais do que uma vitória em duas possíveis! Como nem tudo foi positivo, um acidente quase fatal em Goodwood em 1962 acabou com tudo.
Depois desse acidente a decisão de se aposentar das corridas de automobilismo profissional foi o passo seguinte. Stirling expandiu os seus interesses comerciais com o mesmo vigor que ele empregou durante as corridas, sendo o seu negócio o ramo imobiliário, que dirige até hoje com sua família.
Ele também desenhou sua casa em Mayfair, que incorporava, os confortos do lar e gadgets que estavam à frente de seu tempo na década de 1960, incluindo um sistema automatizado para a execução de um banho a uma temperatura pré-definida, que pode ser accionado com simples toque num botão nos muitos painéis de controlo, localizados em redor da casa.
Ele continuou a pilotar mas apenas em corridas de automóveis clássicos (históricos). O seu histórico capacete branco e o seu fato de corrida azul, acabaram por ser uma característica regular nas variadas corridas de automóveis clássicos em todo o mundo.
Stirling é bem conhecido por seu amor ao design e pelos mais recentes gadgets. Em 2009, a marca Stirling Moss foi criada. Durante a qualificação para a corrida Le Mans Legends 2011, Stirling tomou a decisão de se aposentar das corridas oficiais. Porém não se afastou de vez dos automóveis uma vez que ele continua a exibir os automóveis com que correu e participa em vários ralis de automóveis antigos.
Stirling Moss continua a ser muito requisitado para vários eventos no mundo automóvel, é uma verdadeira lenda vida britânica, do desporto motorizado.
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