A marca coreana está muito empenhada em conquistar cada vez mais o mercado automóvel europeu e isso é bastante evidente na sua oferta e na forma em como encara as novas tendências de mercado.
Com um segmento em forte crescimento como é dos SUV compactos, a KIA lançou o seu novo modelo Stonic e promete forte concorrência aos mais diretos adversários, com motorizações adaptadas ao gosto europeu.
Outro capítulo com grande evolução na marca é o design, e mais uma vez é possível constatar que os novos KIA estão muito bem concebidos, com um estilo moderno, jovem e dinâmico com traços gerais de toda a gama como é bastante evidente na frente e no interior por exemplo.
As jantes de 17 polegadas (pneus 205/55R17), assim como uma traseira algo “musculada” que incorpora um aileron, completa o ar desportivo do Stonic.
Ensaiamos dois Stonic, um com a motorização a gasolina e outro a gasóleo das quais iremos mais à frente neste artigo explorar um pouco mais as suas especificações.
Entrando no interior facilmente encontramos uma boa posição de condução devido aos inúmeros ajustes possíveis dos bancos e do volante. A posição mais elevada garante uma boa visibilidade e é um dos pontos mais apreciados por quem compra este tipo de automóvel.
O espaço a bordo é generoso, mesmo tratando-se de um automóvel compacto, tanto o condutor como respetivos passageiros têm espaço q.b. em largura e altura. A bagageira tem 332 litros de capacidade, um valor médio dentro do segmento e que pode ser aumentada para os 1135 litros quando rebatidos os bancos traseiros.
Os comandos são intuitivos, a construção é rigorosa e os plásticos apesar de não apresentarem um toque mais macio não desiludem, afinal a esmagadora concorrência também não faz melhor neste capítulo.
A simplicidade é aqui um trunfo pois facilmente o condutor consegue perceber as principais funções e comandos presentes no interior do Stonic.
Experimentámos primeiro a unidade a gasolina, que utiliza uma motorização turbo (T-Gdi) de 998cc e 3 cilindros que debita respeitáveis 120 cavalos de potência e 172 Nm de binário entre as 1500 e 4000 rpm.
Equipado com uma caixa de 6 velocidades, este Stonic tem prestações de bom nível, com o exercício de 0 a 100 km/h a ser cumprido em 10,3 segundos e com uma velocidade máxima anunciada de 184 km/h.
A força deste “pequeno” motor impressiona, e apenas o seu barulho pode não ser do agrado de todos, assim como as ligeiras vibrações sentida em rotações mais baixas ou quando se encontra no pára-arranca do trânsito citadino.
Os consumos anunciados revelam 6 litros aos 100 km em cidade, 4,5 em estrada e consumo misto de 5 litros. As emissões de co2 ficam-se pelos 115 g/km.
Na estrada não foi possível chegar perto dos valores anunciados, porém em condução descontraída vimos valores na casa dos 7 litros, se bem que podem subir um pouco mais se o condutor se entusiasmar com o acelerador, algo que não é difícil pois este motor turbo é bastante “voluntário” para esse tipo de condução.
O comportamento dinâmico é seguro e previsível, o nível de conforto está equilibrado com a capacidade de curvar, pois o amortecimento é firme sem comprometer. Os travões são potentes e doseáveis, a direção é leve como é habitual neste segmento e a caixa de velocidade segue o mesmo padrão.
Quando passámos para a unidade a gasóleo equipada com a conhecida motorização turbo 1.6 CRDi com 110 cavalos, foi fácil perceber as diferenças de caracter entre ambas as unidades.
Esta motorização possui mais binário, 260 Nm que estão presentes entre as 1500 e as 2750 rpm. Mesmo tendo 10 cavalos a menos que a versão a gasolina, o valor de binário superior dá-nos a sensação que em cidade, e em regimes mais baixos que este motor tem tanto ou mais força.
Para além disto não é muito ruidoso e nem emite as vibrações do primo a gasolina, pois conta com quatro cilindros em vez três.
Porém em prestações “puras” a unidade a gasolina é superior uma vez que o CRDi cumpre o exercício de 0 a 100 km/h em 11.3 segundos e “apenas” alcança os 175 km/h.
Onde o diesel ganha com facilidade é no capítulo dos consumos, pois os valores anunciados revelam o seguinte: cidade – 4,9 litros, estrada – 3,8 litros misto – 4,2 litros aos 100 km. No ensaio foi possível ver consumos abaixo dos 6 litros sem dificuldade em circuito misto e sem preocupações com o pedal do acelerador. As emissões também se ficam por um valor mais baixo, 109 g/km.
A versão 1.6 diesel tinha o nível de equipamento mais elevado (TX) sendo que a versão a gasolina (EX) não se pode dizer que é espartana antes pelo contrário.
Ambas os Stonic ensaiados tinham equipamentos como o sistema de navegação e ecrã tátil de 7 polegadas preparado com Apple CarPlay e Android Auto, ar condicionado automático, cruise control, vidros elétricos, Bluetooth com reconhecimento de voz, sensores de chuva e luz entre tantos outros.
As principais diferenças de equipamento entre a versão EX e a versão TX, é que a última tem a mais: sistema de chave inteligente com fecho centralizado e botão start, carregador traseiro USB, apoio de braço dianteiro com compartimento para arrumos, volante D-Cut em pele perfurada, espelho retrovisor electrocrómico e luzes traseiras em LED.
Por mais 500€ é possível tornar este modelo ainda mais seguro, pois este pack (ADAS) opcional conta com assistência avançada à condução, travagem de emergência, manutenção do veículo na faixa de rodagem, alerta de fadiga do conduto e controlo automático dos máximos.
A diferença significativa entre o preço de venda ao público do Stonic a gasolina e o modelo a gasóleo poderá levar muitos potenciais clientes a fazer contas, pois estamos a falar de valores na casa dos 5000€.
A KIA tem uma campanha até ao fim de ano muito apetecível, onde o 1.0 T-GDi EX tem um preço de venda ao público de 21.501,88€ de tabela sendo que com a campanha e financiamento este valor desce para os 17.801,88€.
A unidade ensaiada a gasóleo 1.6 CRDi TX tem um PVP de 28.001,88, e “debaixo” da mesma campanha esse valor é reduzido para os 24.101,88€.
Uma vez mais, um especial agradecimento aos responsáveis pelo Stand de vendas Julião Luz & Filhos, LDA na Golegã pela disponibilidade da viatura aqui ensaiada
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