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Mazda MX-5 Envolve HS Navi – Diversão sem complexos

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A marca japonesa apostou forte no novo roadster, dando-lhe características e personalidade semelhante à primeira geração do modelo, ou seja, baixo peso (-10% que a geração anterior) e mecânicas atmosféricas com rendimento mais do que suficiente para garantir ao condutor doses “massivas” de prazer ao volante.

As próprias dimensões exteriores do novo MX-5 conseguem mesmo ser inferiores às da primeira geração lançada em 1989, do roadster que é um verdadeiro fenómeno de vendas, sendo mesmo o modelo deste segmento mais comercializado da história em todo o mundo.

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Esta versão (1.5) consegue também ter uma tara inferior a 1000 kg, algo fundamental para ter um automóvel dinamicamente divertido, com consumos comedidos e com pouco desgaste de material como pneus e travões por exemplo. Ainda assim é mais seguro e possuiu um maior leque de equipamento do que o primeiro modelo.

O design tem a assinatura de Kevin Rice, o atual patrão desse departamento e segue a mesma filosofia da restante gama, o Kodo Soul of Motio.

E pelas reações das pessoas ao ver o modelo a circular, acreditamos que a estética (ainda que subjetiva…) é do agrado da maioria.

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O caracter roadster está bem presente, com linhas desportivas, um capô comprido e uma traseira curta, com proporções perfeitas para o intuito do automóvel em
si.

Entrando no interior é possível constatar que a posição de condução é perfeita, sentamo-nos praticamente “colados ao chão”, quase como se estivéssemos sentados num kart.

O painel de instrumentos é de fácil leitura, os comandos são ergonómicos, a caixa de velocidades tem um engrenamento verdadeiramente mecânico, do melhor que já experimentámos, e a embraiagem tem um tato dócil.

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Espaço interior não é abundante mas dado as dimensões exteriores, é mais do que suficiente para acomodar duas pessoas com conforto. O sistema de entretinimento (de série nesta versão) é intuitivo e de fácil leitura e pode ser controlado com botão na consola central ou através do próprio ecrã pois é touchscreen.

Existem espaços a bordo para colocar alguns pertences mas não existe porta-luvas o que limita um pouco neste capítulo.

A bagageira tem 130 litros de capacidade, menos 20 que na geração anterior porém conta com melhor arrumação. Já se sabe que neste segmento a bagageira é algo deixado para segundo plano.

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A capota tem acionamento manual, é feita em tecido mas devido à sua construção de qualidade permite uma boa insonorização. Facilmente se abre a capota com um simples gesto e o processo de recolha da mesma não requer muito musculo.

Algo que foi necessário no curto ensaio efetuado pois o tempo não ajudou, e foi possível confirmar a facilidade de utilização da capota pois em segundos foi possível fechá-la a fim de evitar uma molha.

No (pequeno) percurso efetuado foi possível sentir as qualidades muito apreciadas pelos fãs deste tipo de automóveis, os pedais estão colocados de forma estratégica o que permite fazer uso da técnica ponta-tacão com facilidade, a caixa de 6 velocidades como já referimos é uma delícia de se usar, os travões são potentes e doseáveis e o comportamento dinâmico encontra-se num ponto de equilíbrio perfeito entre conforto e dinamismo.

A direção é direta e conta com enorme feedback o que permite “atacar” as curvas com confiança e com um enorme sorriso no rosto, do melhor que se faz atualmente em termos de condução pura.

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Para os mais “aventureiros” é possível desligar as ajudas eletrónicas para tentar umas saídas de rotundas (por exemplo) em derrapagem. Ainda que o modelo 1.5 não contemple a ajuda de um autoblocante como no “irmão” mais potente é percetível a facilidade de controlar o carro nestas situações.

O motor de 4 cilindros com 1,5 litros debita uma potência de 131 cavalos a um regime de 7000 rpm, com um binário de 150 Nm às 4800 rpm. Este cenário permite ao leitor perceber facilmente que é necessário alongar a aceleração a regimes mais altos para conseguir obter todo o “sumo” deste motor, o que diga-se de passagem acabar por tornar a viagem mais divertida quando se empenha numa condução mais desportiva. Para os condutores mais “despachados” existe sempre a opção do motor 2.0 com 155 cavalos.

As performances da unidade ensaiada, são um registo de 0 a 100 km/h em 8,3 segundos e uma velocidade máxima de 204 km/h. O consumo médio anunciado é de 6 litros, valor bastante comedido graças ao baixo peso e ao motor eficiente.

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A lista de equipamento da versão ensaiada é generosa e contempla: controlo de estabilidade e tração, Kit de telefone mãos livres Bluetooth, Ar condicionado automático, Cruise control, Comandos por voz, Faróis dianteiros em LED, Faróis diurnos em LED, Faróis traseiros em LED, Fecho centralizado com comando à distância, entre outros.

Em jeito de resumo, podemos afirmar que as qualidades do pequeno roadster japonês suplantam alguns pontos menos positivos, e é um passo em frente em relação às gerações anteriores.

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É um roadster descomplexado, com um design apelativo, que proporciona muitos momentos de diversão com poucos custos para o utilizador, é bem construído e possuiu muito equipamento.

Qualidades mais do que suficientes para continuar a sua longa carreira de sucesso.

Um especial agradecimento aos responsáveis pelo Stand de vendas Julião Luz & Filhos, LDA na Golegã, e ao técnico de vendas Rui Luz pela disponibilidade para este primeiro contacto com o novo Mazda MX-5.

Sérgio Gonçalves

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