Para muitos será um automóvel desconhecido para outros é simplesmente um Coupe exclusivo, raro e com potência de sobra, em especial quando olhamos para a sua data de “nascimento” e reparamos que a primeira série data de 1972.
A empresa automóvel italiana De Tomaso, produziu alguns automóveis verdadeiramente apaixonantes (como o De Tomaso Pantera por exemplo), e o Longchamp enquadra-se perfeitamente nessa categoria, como iremos desenvolver ao longo deste artigo.
Produzido entre 1972 e 1989, este modelo foi desenvolvido usando por base outro automóvel da De Tomaso, o Deauville, uma berlina de 4 portas.
Como tal essa plataforma (chassis) foi adaptada ao Longchamp sendo que a mesma foi encurtada. Ainda assim herdava a mesma suspensão, motorização e respectiva caixa de velocidades da berlina, assim como o facto de ser um “puro” tração traseira.
Com motor colocado à frente, ambos esses modelos partilhavam não só características técnicas como semelhanças em performances e comportamento dinâmico, sendo diferentes no visual e no tipo de cliente a que se destinavam.
O Detomaso Longchamp foi exibido pela primeira vez no Salão Automóvel de Turin em Itália em 1972. Com um interior com configuração 2+2 apelava claramente aos clientes que procuravam um verdadeiro GT, ou seja um automóvel luxuoso, confortável q.b. e potência em quantidade.
Foi desenhado por Tom Tjaarda e continha vários traços de design do protótipo Lancia Marica que o próprio também tinha projectado. Possui linhas “musculadas” com caracter, agressividade e com um toque de elegância.
Com um longo capô, o Longchamp albergava um motor de origem americana, um Ford V8 com 5,8 litros de capacidade também conhecido como 351 Cleveland.
Esta unidade motriz era muito popular em automóveis da Ford, em especial nos famosos “muscle cars” e nos 4×4. Para além desses, este motor também equipava o famoso De Tomaso Pantera.
Produzia qualquer coisa como 330 cavalos de potência e 481 nm o que permita ao grande Coupé atingir os 240 km/h de velocidade máxima. O tradicional arranque de 0 a 100 km/h situa-se na casa dos 6 segundos.
A fim de passar esta potência ao solo, o modelo estava equipado de série com uma caixa automática de 3 velocidades (Ford C-6 Cruise-o-Matic ). Contudo foram produzidos cerca de 17 unidades com caixas manuais de 5 velocidades do conhecido fabricante de caixas de velocidade os germânicos da ZF.
As ligações ao solo possuíam suspensão independente tanto à frente como atrás, com amortecedores e molas helicoidais.
A direcção tinha assistência mecânica e no capítulo da segurança o Longchamp foi dotado de discos de travão nas 4 rodas.
O interior deste modelo era bastante luxuoso para a época, sendo quase tudo coberto por pele.
Este modelo contou com duas séries ao longo da sua vida, a produção da primeira série iniciou-se em 1973 e a segunda no início da década de 80. A última geração contava com ligeiras alterações a fim de prolongar ao máximo a vida do modelo.
Como aconteceu na história do modelo De Tomaso Pantera, também o Longchamp recebeu o “pacote” GTS que foi apresentado e introduzido em 1980 no Salão Automóvel de Turin.
Este modelo especial possui guarda-lamas mais largos para albergar também jantes e pneus de maiores dimensões assim como pequenas alterações na suspensão. As jantes mais largas são conhecidas pelo nome de Campagnolo e eram calçadas com pneus Pirelli P7.
Nesse mesmo Salão Automóvel em 1980, a marca italiana também deu a conhecer ao público a versão descapotável do modelo, a qual deu o nome de Spyder.
Eram produzidos pela empresa Carrozerria Pavesi em Milão, e apenas poucas unidades receberam o pacote GTS. Esta empresa também chegou a converter alguns dos Coupe em Spyder a pedido de inúmeros clientes.
A história do modelo altera-se quando a oferta de motores V8 351 começou a escassear nos Estados Unidos, e a De Tomaso teve que se virar para outro mercado, o Australiano, para onde a produção destas unidades motrizes tinha sido transferida.
Estes motores eram alterados na Suiça antes de serem instalados, e debitavam vários níveis de potência máxima, 270, 300 ou 330 cavalos.
Também durante este período a empresa italiana deu a conhecer a nova variante do modelo, o GTS/E. Era a versão topo de gama e estava equipada com faróis redondos duplos na frente, spoilers extra, saias laterais e uma asa traseira.
Com valores de produção de 409 Longchamp, dos quais 395 eram Coupe e 14 eram Spyder, este modelo é bastante raro tendo em conta que foi produzido durante um longo período de tempo (1972 a 1989).
A grande maioria das unidades pertence à primeira geração, e há rumores que afirmam, que este modelo deixou de ser produzido em 1986 e que as unidades que foram vendidas depois (de 1986 a 1989) pertenciam ao stock existente e que não sida “escoado” por falta de procura.
Se gosta de automóveis clássicos, este poderá ser o automóvel certo para si devido não só ao potencial de valorização do modelo, como pelas suas características, em especial as suas linhas e a sua potência.
O “rugido” do V8.
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