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VW Polo G40

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Este é um daqueles modelos que pertence à galeria dos pequenos desportivos que tanto atraem os amantes de automóveis. Os chamados Pocket Rocket, são como aqui já vimos no Autoblog.pt noutros exemplos, (caso do Suzuki Swift GTI, Daihatsu Charade GTTi, do Fiat Turbo I.E., do Peugeot 205 GTI) veículos com enorme caracter, motores potentes e preços acessíveis que oferecem sensações únicas de condução únicas aos seus proprietários.

É preciso recuar atrás no tempo, para conhecermos as raízes do G40. Olhemos para 1974, e deparamos com a introdução do Audi 50, um automóvel com tracção dianteira de 3 portas (hatchback). Depois de este modelo ser introduzido no mercado em 1976, surgiu uma versão em tudo semelhante mas com o símbolo VW, que usava o mesmo motor de 859 cm3 e que debitava 40 cavalos de potência. A marca alemã acabaria por dar o nome de Polo a este automóvel, e não muito tempo depois este modelo já era um sucesso de vendas.

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A primeira versão do VW Polo conheceu um pequeno facelift em 1979. Ainda nesse ano, iria nascer o primeiro Polo GT, um modelo que estava disponível apenas nalguns mercados europeus. O GT tinha um motor com 60 cavalos de potência, e algumas características desportivas como um aileron na traseira, pneus mais largos, e um conta-rotações.

Mas tarde em Outubro de 1981, o Polo II acabou por ser a natural evolução do modelo original. A primeira versão hatchback deste modelo, possuía uma bagageira com uma ligeira inclinação que proporcionava uma excelente ferramenta para transportar volume de carga de certa forma invulgar para um carro daquele tamanho.

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Um ano depois surgiu uma nova carroçaria, deste vez num estilo coupé, que tinha semelhanças com o perfil do Polo original. O Polo Coupé tinha como objectivo ser a versão desportiva. Com um motor de 1,3 litros de capacidade e 75 cavalos de potência, e com outras modificações, como luzes de nevoeiro na grelha, e uma barra estabilizadora traseira, davam o toque final para um caracter mais desportivo como a marca pretendia. Acelerava de 0 a 100km/h em cerca de 11,5 segundos.

No final de 1984 foram feitas modificações em toda a gama, incluindo um tanque de combustível maior e uma suspensão com acerto nas molas para rebaixar a altura ao solo. Em 1985 surgiram também novas alterações significativas no Polo 2 e que passaram com a introdução de ignição electrónica e alterações no motor em especial na cabeça. De desenvolvimento em desenvolvimento o modelo Coupé acabou por ser tornar num modelo evolutivo, com os acréscimos de outros componentes como as luzes de nevoeiro na grelha, bancos desportivos, e uma nova caixa de 5 velocidades.

Durante o ano de 1983, a produção total do modelo polo tinha alcançado um milhão de unidades, incluindo outras versões como foi o caso do Polo comercial. Durante este período, a Volkswagen já andava a fazer experiências para aumentar a potência do pequeno Polo em especial do modelo mais desportivo.

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A marca percebeu que devido às dimensões do Polo não era possível colocar um motor de maior dimensão e assim acabou por decidir usar um compressor volumétrico para proporcionar um maior nível de potência a fim de melhorar as prestações, em vez de um turbocompressor, já que era um componente mecânico que continha alguns factores negativos que não iam ao encontro com o que a marca pretendia. Os principais eram uma resposta tardia do turbo (Lag) e o calor excessivo produzido por este.

E a marca desenvolveu um compressor numa forma invulgar que acabaria por dar o nome ao carro. A Volkswagen apelidou-o de G-Lader, uma vez que a sua forma em especial tinha semelhanças com a letra G. A utilização de uma versão de 40 milímetros do compressor permitiu aumentar a potência do motor 1,3 para cerca de 115 cavalos. Este carismático modelo foi apresentado no salão automóvel de Frankfurt em 1985. E que acabaria por ficar conhecido como Polo G40. Era capaz de atingir os 100 km/h em 8,1 segundos e a sua velocidade máxima era de 195 km/h.

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Depois disso no final de 1990 surgiu um novo Polo, que depois de sofrer um facelift acabaria por ficar inevitavelmente conhecido como o Polo 3. As diferenças mais importantes em relação ao modelo anterior passam pela mudança para faróis rectangulares, e algumas alterações significativas debaixo do capô. Entre elas a adopção de injecção de combustível (injecção multiponto), substituindo assim os carburadores, permitindo desta forma a introdução de catalisadores em toda a gama.

Baseado no modelo GT Coupe, o Polo G40 (mk3) contava com o respectivo compressor G-Lader e um intercooler, a sua potência era de 113 cavalos. A redução ligeira em relação ao modelo anterior deveu-se à adopção do catalisador.

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Outras diferenças para o seu antecessor passavam também por uma suspensão mais eficaz que juntamente com o reforço de uma barra estabilizadora traseira, permitiam um comportamento mais previsível e uma maior segurança. Os discos dianteiros eram ventilados, os pneus tinham as medidas 175/60 eram montados em jantes de liga leve de 13 polegadas da famosa marca BBS. Outras características deste desportivo alemão passam pelos pára-choques com listas vermelhas e o símbolo G40 colocado tanto na frente como na traseira.

Não foi só na estrada que o Polo G40 dava cartas. Pois durante aquele período a VW criou um campeonato monomarca de velocidade específico para o G40, com o fim de potenciar a publicidade para o modelo Polo, que se chamava G40 Cup. Além deste troféu, esses G40 de competição também foram usados noutra prova conhecida como Super Coupe Cup, onde se empenhavam em bater a concorrência da Renault, Rover e Honda.

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Depois quando o Polo mk4 começou a ser produzido no final de 1994, a marca interrompeu produção do G40.

Reconhecido por ser um dos mais rápidos modelos (do segmento) da sua geração, o trabalhar do seu motor e o barulho do compressor, que junto com as excelentes prestações fizeram do G40, um modelo de enorme sucesso na europa e no nosso país. Não tinha o melhor comportamento dinâmico da classe, porém a sua performance e fiabilidade fizeram deste modelo, uma das escolhas principais de quem queria sensações fortes e não queria ou não podia gastar muito dinheiro na aquisição de um desportivo mais caro. Um bom candidato a “rei” dos semáforos, um pequeno dragster…

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Sérgio Gonçalves

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